
Ao chegar à porta de sua casa, encontra seu filhinho de 6 anos, martelando alegremente a lataria do reluzente caminhão. Irado, aos berros pergunta o que o filho estava fazendo e, sem exitar, no meio do seu furor, martela impiedosamente as mãos do filho, que se põe a chorar sem entender o que estava acontecendo. A mulher do caminhoneiro, corre em socorro do filho, mas pouco pôde fazer. Chorando junto ao menino, consegue trazer o marido à realidade e, juntos o levam ao hospital, para fazer um curativo nos machucados provocados.
Após várias horas de cirurgia, o médico desconsolado, bastante abatido, chama os pais e informa que as dilacerações foram de tão grande extensão, que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados, mas que de resto o menino era forte e tinha resistido bem ao ato cirúrgico, devendo os pais aguardá-lo acordar no quarto. Ao acordar, o menino foi só sorrisos e disse ao pai:
- Papai, me desculpe, eu só queria consertar seu caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo!
O pai enternecido, disse que não tinha mais importância, que já nem estava mais bravo e que não havia estragado a lataria do seu caminhão. O menino com os olhos radiantes perguntou?
- Quer dizer que não está mais bravo comigo?
- Não! - respondeu o pai.
- SE ESTOU PERDOADO PAPAI, QUANDO MEUS DEDINHOS VÃO NASCER DE NOVO?
Na hora do ímpeto, machucamos profundamente a quem amamos, e, em muitas das vezes não podemos mais "sarar" a ferida que deixamos. Devemos pensar nas atitudes, refletir para ver o quanto temos sido impetuosos e, se for possível, mudarmos nossas atitudes a fim de evitar os danos irreversíveis de nossos atos.

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