sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Mao Tsé-tung era um ditador cruel e mulherengo - Jaime Klintowitz

O retrato que emerge de A Vida Privada do Camarada Mao escrito por Li Zhisui, médico pessoal de Mao de 1954 até sua morte, em 1976, é o de um homem devasso, egoísta e cruel, que viveu num clima de decadência, licenciosidade e despotismo na pior tradição dos imperadores chineses. As maldades do velho dragão já tinham sido expostas em outros relatos. Mas o perfil íntimo traçado pelo doutor Li vai além de qualquer outro, revelando um tirano ensandecido, que não tinha amigos, só empregados, bajuladores e, sobretudo, concubinas mais de 3.000 em três décadas de poder.

O Calígula chinês, que o doutor Li viu praticamente todos os dias durante 22 anos, jamais tomava banho ou escovava os dentes e recusou-se a ser tratado de uma doença sexualmente transmissível apesar de saber que tinha infectado dezenas, talvez centenas, de amantes. Mao vivia recluso, cercado de grande conforto, passava semanas, às vezes meses, na cama, de onde despachava a papelada oficial. Ainda que tenha imposto ao país um figurino único a túnica Mao, em casa o presidente se vestia com um roupão ou simplesmente se enrolava numa toalha. Não dava a mínima ao relógio e se orgulhava de dormir e comer em horas incertas. Preferia comunicar-se por escrito com os outros líderes ou, então, convocava-os para reuniões no meio da noite.

Escravo de Mao, as memórias do doutor Li contêm escasso material relevante sobre os bastidores da política e da diplomacia da época maoísta. Em parte porque o médico, por questão de sobrevivência, tomou o cuidado de se manter distante das intrigas políticas. Não esclarece, por exemplo, a misteriosa tentativa de golpe militar que resultou na morte do ministro da Defesa Lin Biao, em 1971. Herdeiro indicado de Mao, ele morreu num desastre aéreo quando tentava fugir para a União Soviética.

Em compensação, o doutor Li é arrasador quando se põe a revelar a intimidade dos figurões da política chinesa. Lin Biao era um desequilibrado mental, diz o doutor Li, com fobia de água. O chanceler Chu En-lai, admirado no Ocidente por sua sofisticação, comportava-se diante de Mao com o servilismo de 'um escravo'. Não há ninguém que o doutor Li despreze tanto quanto a primeira-dama Jiang Qing.

Mao casou-se quatro vezes. O primeiro foi um casamento imposto pelo pai, que parece não ter sido consumado. A segunda esposa, Yang Kaihui, com quem Mao teve três filhos, foi fuzilada pelos nacionalistas. A terceira, He Zizhen, deu-lhe seis filhos, enlouqueceu e foi enviada para tratamento na União Soviética. Casou-se então com Jiang Qing, uma atriz, em 1938. Desprezada pelo marido (Li acredita que era a única mulher com quem Mao não queria nenhuma intimidade sexual) e desesperada com a ociosidade, Jiang Qing se ocupava em atormentar a criadagem. Um dos motores da Revolução Cultural nos anos 60, ela foi condenada à prisão perpétua depois da morte do marido e se suicidou em 1991.

Mao gostava de dormir com várias mulheres ao mesmo tempo e mantinha um estoque permanente de concubinas, na maioria atrizes e bailarinas recrutadas nos grupos culturais das Forças Armadas ou sindicatos. Com tanta atividade sexual, o doutor Li um belo dia se viu às voltas com uma epidemia de tricomoníase, doença assintomática no homem mas desconfortável para a mulher. Alertado pelo médico de que precisava tratar-se, Mao deu de ombros. 'Se não sinto nada, para que tanto alvoroço?', perguntou. Com um misto de horror e fascínio, o médico relembra que as moças alardeavam com orgulho a doença, prova concreta da intimidade com o velho dragão. Mao dizia acreditar na teoria taoísta de que o sexo prolonga a vida. O doutor Li considerou a explicação desculpa esfarrapada de um devasso insaciável. A maioria das amantes era escolhida nos bailes realizados duas vezes por semana enquanto os chineses comuns eram proibidos de dançar, escandaliza-se o doutor Li.

Como no palácio de um sultão das arábias, nos anos 60 sua cama começou a ser instalada num quarto contíguo ao salão, de modo que o grande líder pudesse levar a escolhida para a cama depois de uma ou duas músicas. Quando viajava, levava junto o harém em seu trem especial. Mao era também o homem mais rico da China, graças à venda compulsória de seus livros. O curioso é que o velho fausto sofria de crises periódicas de impotência. O doutor Li notou que a atividade sexual de Mao se tornava mais intensa quando ele se envolvia numa grande briga política. Um dia, sem que se saiba por quê, o presidente tornou-se estéril. 'Virei um eunuco?', perguntou assustado.

Os dentes do tigre Avesso ao banho, o líder chinês preferia ser esfregado com panos úmidos por seus guarda-costas. Vez ou outra, um deles saía esbaforido do quarto de Mao, escandalizado com os avanços sexuais do presidente. Estranhamente tolerante nesse aspecto, o doutor Li não viu sinais de homossexualismo, mas a persistência de antigos costumes sexuais chineses.

O mais radical dos revolucionários era conservador em muitos aspectos da vida diária. Como fazem os camponeses, todas as manhãs enxaguava a boca com chá e depois mascava as folhas. Rejeitou a escova de dentes, sob o argumento de que 'um tigre não precisa de escovação'. O resultado, no seu caso, foi lamentável. Seus dentes foram cobertos por uma placa esverdeada e caíram todos na velhice. Ele também se recusava a usar o vaso sanitário. Quando viajou para Moscou, foi preciso levar um penico na bagagem.

O doutor Li (que morreu nos Estados Unidos, para onde tinha imigrado em 1988) conta que precisou de vários anos de convívio para se convencer de que seu paciente era um monstro. No momento em que Mao morreu, na madrugada de 9set1976, o médico foi tomado por uma sensação de alívio, logo substituída pelo pavor de ser responsabilizado pela morte. O líder chinês morreu de velhice aos 82 anos, com os pulmões e o coração em péssimo estado. Mas foi preciso esperar vários meses até que o Politburo aceitasse o diagnóstico de morte natural. O doutor Li, que em nenhum momento posa de herói, atribui sua sobrevivência ao cuidado de só abrir a boca para dizer o que Mao queria ouvir. Sábia providência, pois viveu para contar uma história que só ele sabia.

Mao Tse Tung fue uno de los hombres mas importantes de la historia moderna de china, pues impulso grandes cambios en la vida de sus abitantes. La historia politica de Mao esta llena de contradicciones, puesto que aunque promovio reformas importantes para el desarrollo de china, por otro lado impuso su ideologia con un encarnizado derramamiento de sangre.

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Amar não é sentimento, amar é pura ação efetiva que tende à integração.

Quiroga
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