terça-feira, 26 de julho de 2011

Adriane Galisteu

Nasceu em São Paulo, 18abr1973 é uma modelo, atriz e apresentadora de TV brasileira.

Filha de Alberto e Emma Galisteu, Adriane teve uma infância difícil. Seu pai era álcoolatra e tal vício debilitou sua saúde, culminando em um infarto fulminante. Na época, Adriane tinha apenas quinze anos e precisou começar a trabalhar para ajudar no sustento de sua mãe e de seu irmão, portador do vírus da AIDS que viria a falecer em 1996. Adriane atraiu a atenção da mídia através do seu namoro com o piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna, morto em trágico acidente em 1mai1994. O relacionamento de Adriane e a família de Senna não era dos mais fáceis, levando-a a passar por situações de constrangimento no funeral do piloto, ao ser impedida de acompanhar o velório junto da família e amigos mais íntimos. Para se despedir de Senna, Adriane teve que entrar, como qualquer anônimo, na fila dos fãs.


Em 1998, Adriane se envolveu com o publicitário Roberto Justus. Após seis meses de namoro, os dois decidiram se casar. A união foi objeto de destaque na imprensa, mas acabou oito meses depois. Posteriormente, Adriane revelaria que seu casamento com o empresário foi "um ato impensado" e que "no dia do casamento, já sabia que não daria certo". Ela teve ainda uma relação amorosa com o ator Dado Dolabella, sete anos mais novo, com início em meados de 2003. O relacionamento dos dois começou logo após o rompimento do namoro de Dolabella com a cantora Wanessa Camargo. Ironicamente, uma briga posterior de Dolabella com Wanessa foi a suposta razão para o fim do namoro do mesmo com Adriane, que já criticou a conduta de Dolabella publicamente em canais de mídia.

Em 2009, Adriane revelou estar namorando o empresário Alexandre Iódice, antigo conhecido de seus círculos sociais. Eles se casaram em 2010 e tiveram seu primeiro filho, Vittorio, no mesmo ano.
A apresentadora é rainha de bateria da escola de samba Unidos da Tijuca. Em 2010, apresentou para o Band Folia o desfile das escolas de samba do grupo de acesso e das campeãs do Carnaval do Rio de Janeiro e em 2011 fez a cobertura do Carnaval de Salvador.

Adriane iniciou a sua carreira de modelo aos nove anos, fazendo um anúncio da rede de restaurantes McDonald's, e quando adolescente, em 1987, participou no conjunto Meia Soquete, um grupo no mesmo estilo de As Melindrosas. Adriane posou para a edição brasileira da revista Playboy de agosto de 1995 e, desde então tem seguido carreira na televisão, ganhando espaço como apresentadora. Em 1995 lançou o livro O Caminho das Borboletas, onde narra o período de seu relacionamento com Ayrton Senna. Sua carreira na TV aberta iniciou-se na CNT em 1995, no programa Ponto G. Teve rápidas passagens pela MTV Brasil e pela então recém-inaugurada RedeTV!, onde apresentou o programa Superpop. No ano 2000, Galisteu transferiu-se para a Rede Record onde comandou o É Show. Três anos depois, foi contratada pelo SBT para apresentar os programas Charme e Fora do Ar. Em 2008, Galisteu deixava o SBT, se transferindo para a Rede Bandeirantes, onde apresenta o Toda Sexta. Galisteu desenvolve também uma carreira como atriz, tendo estreado na novela Xica da Silva, da Rede Manchete, em 1996. Todavia, embora sua atuação na novela tenha atraído o público, isso deu-se basicamente pelas cenas de nudez que o diretor Walter Avancini frequentemente incluía. Quando a obra foi reprisada, anos mais tarde, Galisteu declarou que não a assistia, pois tinha horror à novela, embora reconhecesse que ela foi importante para torná-la famosa. Estreou no teatro em 1999, com a peça Deus lhe Pague, sob a direção de Bibi Ferreira. Em seguida, participou de Dia das Mães. No cinema, atuou nos filmes Coisa de Mulher e Se Eu Fosse Você 2.

Link para arquivo de imagens (.pptx)da Adriane Galisteu:
http://www.4shared.com/file/Irnzvu-6/Adriane_Galisteu.html

terça-feira, 19 de julho de 2011

Lingerie sexy é preta (vídeo: Mais Uma Vez Amor)

Comprar calcinha e sutiã para o dia a dia é fácil. Conforto e adequação ao vestuário são itens que as mulheres geralmente levam em conta. Para seduzir, no entanto, muitas dúvidas surgem: como fazer bonito e não errar? Obviamente o modelo deve valorizar as qualidades do corpo, mas e com relação à tonalidade? Fomos às ruas de quatro capitais do Brasil para descobrir qual cor de lingerie mais agrada o público masculino. Conversamos com 90 homens em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre. As cores mais amadas e odiadas você confere a seguir.

A lingerie preta ficou em primeiro lugar na preferência dos homens e recebeu 79 aprovações no total. Apenas três pessoas disseram não gostar e oito responderam “tanto faz”. Para o bancário Daniel Mitraud, 37 anos, de São Paulo, a lingerie preta guarda mistérios. “É como se ela me envolvesse mais”, diz. O administrador Marcelo Scipioni, 31 anos, de Porto Alegre, é direto ao declarar: “Deixa a mulher mais gostosa e sensual.”

Não só os brasileiros se sentem estimulados com as peças escuras. Em 2010, um levantamento realizado pela empresa Dr. Beckmann com homens britânicos mostrou que eles preferem suas mulheres em calcinhas e sutiãs pretos. Um levantamento realizado com homens britânicos mostrou que eles preferem suas mulheres em calcinhas e sutiãs pretos. Já a lingerie vermelha, geralmente classificada como símbolo de sensualidade, é a cor menos popular - mais de 50% deles dizem que o tom é o que menos agrada.

Até o branco é mais valorizado que o vermelho, sendo a segunda cor preferida deles. O rosa está na lista de rejeições com 18% de votos contra, seguido dos tons de pele, com 11% de “nãos”.
A pesquisa, feita pela empresa Dr. Beckmann, também mostra falta de sintonia entre os sexos, já que 60% das mulheres consultadas tentam impressionar os homens com as combinações vermelhas.
Quer investir em lingerie preta? Selecionamos alguns modelos fantásticos da Victoria´s Secret para você se inspirar!

Em segundo lugar aparecem calcinhas, sutiãs e espartilhos brancos ou em tons de rosa. De Salvador, o publicitário Leandro Santana Filho, 32 anos, diz adorar – e outros 70 homens concordaram com ele. Para o professor de educação física Willian Machado, 28 anos, de Porto Alegre, a cor desperta fantasias. “Fica entre o puritano e o devasso”, diz. Gabriel Botelli, 31 anos, analista de sistemas, aprecia o contraste das cores e diz que as mulheres negras ficam mais bonitas com tecidos claros.

Lingerie preta é a campeã absoluta. As brancas “inocentes” ganham o segundo lugar

Símbolo da sexualidade, o vermelho crava apenas o terceiro lugar na pesquisa e divide algumas opiniões, mas agrada a maioria. 62 homens disseram gostar, 13 são indiferentes e 15 rejeitam a cor. “Há uma linha tênue entre o sexy e o ‘bagaceiro’. Muito mais tênue ela fica se a lingerie for vermelha”, brinca Marcelo Magrisso, 38 anos, do Rio Grande do Sul. A opinião do paulista João Sartore, 35 anos, é diferente: “Adoro o jeito de safadinha que ela dá”, diz o designer.
CORES DE LINGERIE GOSTO(É sexy) NÃO GOSTO (Não use!) INDIFERENTE (Tanto faz)
PRETAS E ESCURAS 79 3 8
BRANCAS OU ROSADAS 71 4 15
VERMELHAS 62 15 13
TONS DE BEGE 12 51 27

Bege é a cor mais odiada pelos homens para peças íntimas. 51 declararam não gostar, 27 ficaram indiferentes e apenas 12 disseram gostar. Neste caso, as declarações são ainda mais engraçadas – e sinceras! “É um convite à impotência”, resume o gaúcho Eduardo Silveira, de 31 anos. O conterrâneo Márcio Borges Fortes Cassol, 33 anos, concorda:“Se eu fosse presidente, faria lobby para que o uso desse tipo de lingerie virasse crime inafiançável”, brinca. E para finalizar, Marcelo Magrisso aconselha: “Usem e fiquem à vontade. Só não contem comigo”.

Link para arquivo de imagens de modelos e "recheios" de lingerie:
http://www.4shared.com/file/rIeFffih/Lingerie_VERMELHA.html
http://www.4shared.com/file/ycCU96lL/Lingerie_VERDE.html
http://www.4shared.com/file/PUCBhlNN/Lingerie_ROSA.html
http://www.4shared.com/file/x-9AAdxS/Lingerie_PRETA.html
http://www.4shared.com/file/axkuDwfD/Lingerie_BRANCA.html
http://www.4shared.com/file/RgmM32PJ/Lingerie_AZUL.html
http://www.4shared.com/file/jqi85vpu/Lingerie_AMARELA.html



Dez perguntas sobre o sexo no casamento (vídeo:M. Gabriela entrevista F. YOUNG)

Quantas vezes por mês é normal fazer sexo? Diminuição da frequência é sinal de traição? Ela não quer mais saber de sexo, é normal?

A rotina, os problemas, a intimidade, os filhos. Tudo isso pode atrapalhar a vida sexual dos casais. A convite do Delas, a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, coordenadora do projeto AmbSex (Ambulatório de Sexualidade), a psicoterapeuta Marilandes Ribeiro Braga, membro do CEPCoS - (Centro de Estudos e Pesquisa em Comportamento e Sexualidade) e a terapeuta sexual Luciane Secco respondem perguntas de leitores sobre sexo no casamento.

1. É normal fazer sexo só uma vez por mês? Quantas vezes por mês um casal normal faz sexo?
Essa história de “normal” é muito relativa. O que é normal para uma pessoa pode não ser para outra. Algumas pessoas praticam sexo uma vez por mês com muita qualidade e se sentem completamente satisfeitas. Outras fazem todos os dias, mas é como se fosse uma academia de ginástica, aquela obrigação que precisa ser cumprida, sem qualidade alguma. A frequência é determinada por cada casal e ela pode variar de acordo com o momento de vida. Estresse no trabalho e dificuldade financeira, por exemplo, costumam diminuir a quantidade de relações. O que os casais devem se perguntar é se estão satisfeitos, e não se estão fazendo sexo quantas vezes deveriam. (Carla Cecarello)

2. Enquanto namorada, minha mulher adorava sexo. Agora, casada, não quer mais saber de nada. Meus amigos também reclamam. Isso é comum entre as mulheres?
Antes de acusar a esposa de não ter mais libido, os homens deveriam comparar o que eles faziam enquanto estavam solteiros e o que fazem agora. Algumas mudanças de comportamento do parceiro podem alterar o desejo de qualquer mulher. Necessariamente a culpa não é só da mulher, mas sim do casal. É preciso avaliar a vida sentimental e sexual da dupla, pensar nas mudanças que ocorreram após o casamento e retomar o romantismo, as surpresas e o namoro. (Luciane Secco)

3. Nós temos uma vida sexual ativa, mas meu marido ainda se masturba na minha ausência. Por quê?
Cada pessoa tem um ritmo sexual próprio. É normal que, em alguns casos, o homem deseje fazer mais sexo que a mulher – e resolva essa necessidade se masturbando. Ou pode ser simplesmente um prazer solitário que ele quer manter. A melhor estratégia é aceitar a masturbação como parte integrante da vida sexual dele e participar disso. Quem sabe você não passa a se interessar também pela masturbação? (Marilandes Ribeiro Braga)

4. Meu marido costuma acessar sites de sacanagem, mas não admite nunca quando eu pergunto sobre isso. Por qual motivo os homens têm esse costume?
Obviamente eles acessam sites de pornografia em busca de novidades excitantes. As mulheres não fazem o mesmo porque não foram educadas para isso. A sexualidade feminina é reprimida desde criança, já a masculina é estimula, os homens são “programados” para vivenciar o sexo desde cedo. Mas se isso realmente te incomoda, tente embelecer um diálogo com ele para que vocês possam melhorar a intimidade e encontrar, juntos, uma saída. (Carla Cecarello)

5. Depois que meu filho nasceu, o tesão entre meu marido e eu diminuiu. Não sei mais como resgatar o sexo no casamento e tenho um pouco de preguiça de falar sobre isso, confesso. Por onde eu começo?
Você precisa falar sobre sexo com ele, só assim poderá resgatar um papel tão importante na sua vida, que é o de amante. Para muitas mulheres que viram mãe o sexo passa a ter menor importância no dia a dia, mas sem isso seu casamento não estará completo e, mais cedo ou mais tarde, você também vai perceber que não está completa. Tem que se esforçar lançando mão de fantasias, novas propostas, acrescentando energia na sua vida como mulher – e não só como mãe. (Luciane Secco)

6. Diminuição na frequência sexual pode ser indício de traição?
Não necessariamente. O mais provável é que a diminuição de relações reflita estresse, descontentamento conjugal, patologia física ou depressão. Quem trai geralmente não deixa de ter relações com o parceiro, até porque quanto mais sexo se faz, mais vontade de fazer sexo se tem. As pessoas costumam deixar de fazer sexo com o cônjuge por traição quando se apaixonam por outra pessoa, mas mesmo assim não é certo e matemático. (Carla Cecarello)

7. Meu marido não quer mais transar comigo e diz que é “a idade”. Mas nós temos cinquenta e poucos anos. Será que isso é só uma desculpa ou o desejo do homem sofre queda com o tempo?
Os homens podem apresentar queda do desejo sexual nessa faixa de idade porque sofrem alteração hormonal. É necessário buscar ajuda médica para investigar se existe algum problema nesse sentido – se for necessário é possível fazer reposição hormonal. Descartada essa possibilidade, deve-se descobrir o que está acontecendo com o psicológico dele e a vida conjugal do casal para que o desejo tenha diminuído. Salvo os problemas físicos, a vontade de fazer sexo é muito pessoal. Tem homens de 50 anos que relatam ter mais desejo sexual hoje do que quando tinham 20 anos. E homens de 20 anos com pouco desejo. (Carla Cecarello)

8. Meu filho está com três anos e fico muito preocupada de ele ouvir ou ver eu e meu marido fazendo sexo. O que faço se isso acontecer? Devemos ser cuidadosos?
É preciso ter bastante cuidado. Em primeiro lugar, a criança não pode dormir no quarto dos pais, desde bebê ela deve ter seu próprio quarto. Deixe a porta do quarto de vocês trancada ao praticar sexo. Caso a criança precise de ajuda ou tenha algum problema, ela vai chamar. Por último, se por algum contratempo o pequeno vir ou ouvir algo, explique de forma bem simplista que papai e mamãe estavam namorando, mas não dê muita importância para isso, pois nessa idade não é possível entender muita coisa. E o mais importante: não fiquem neuróticos. (Marilandes Ribeiro Braga)

9. Confesso que depois de um tempo de casada ando preferindo dormir cedo a fazer sexo. O que faço pra deixar a preguiça de lado?
Mais do que preguiça, isso é falta de motivação. Muito provavelmente a parceria não está sendo tão interessante. É preciso conversar de forma franca e objetiva e detectar os pontos que não estão dando certo na relação. Só então vocês poderão propor saídas e transformar o que não está bom. Livros, filmes e contos eróticos podem dar uma injeção de motivação no relacionamento. Proponha também atividades prazerosas e que não necessariamente tenham relação com sexo, como sair pra jantar, ir ao cinema ou teatro. (Carla Cecarello)

10. No começo do casamento meu marido me respeitava mais, nunca olhava para o lado. Mas hoje ele nem disfarça o olhar quando passa uma mulher bonita. Será que isso é sinal de que ele perdeu totalmente o respeito e pode estar me traindo?
Não sei se é indício de traição, mas que ele perdeu o respeito há muito tempo, perdeu. E a única pessoa que pode recuperar esse respeito é você mesma. O fato é que existe alguma coisa bastante errada com o relacionamento e você não pode e nem deve ficar quieta, guardando a mágoa. Provavelmente ele não aceitaria que você ficasse olhando para outros homens, então que tal fazê-lo provar de seu próprio veneno para ver se ele entende? (Luciane Secco)

O amor está mudando - Regina Navarro Lins

Para a psicanalista Regina Navarro Lins, a sexualidade e a forma do brasileiro se relacionar estão passando por uma transformação: é o fim do amor romântico

Um dilema entre os desejos de estar sempre junto e de liberdade. É o que vivemos nos relacionamentos amorosos atuais, segundo a psicanalista Regina Navarro Lins. Para ela, as pessoas enfrentam cada vez mais conflitos entre as exigências de um namoro ou casamento – como monogamia e controle - e seus os desejos individuais. Ainda de acordo com a especialista em relacionamentos com quase 40 anos de experiência, a tendência é de que os envolvimentos fiquem diferentes no futuro próximo, com cada vez menos fusão do casal, exclusividade sexual e ciúmes.

Esse cenário do comportamento amoroso e sexual dos brasileiros é apresentado no livro “Cama na Rede - o que os brasileiros pensam sobre amor e sexo”, que chega às livrarias em dezembro. Nele, Regina comenta o resultado de 50 enquetes sobre o tema feitas com leitores de seu site entre 2000 e 2009.

Regina Navarro Lins: "Sexo é sexo e amor é amor"
Colunista do Delas, Regina Navarro Lins fala ao site sobre a nova forma de amar:

iG: A pesquisa apresentada no livro aponta quais grandes alterações no comportamento sexual e de relacionamento dos brasileiros?

Regina Navarro Lins: O amor romântico começa a sair de cena, felizmente. Ele é calcado na idealização do outro, na ideia de que os parceiros se completam, de que quem ama não sente desejo por mais ninguém. Hoje vivemos um momento de busca da individualidade, que não é egoísmo, e sim poder realizar desejos e projetos sem depender do outro. Antes a ordem do amor era fazer sacrifícios - e era a mulher quem fazia. Hoje a pessoa pode não estar a fim de permanecer na relação se ela não trouxer um crescimento individual. Claro que cada um escolher como viver, mas acho que a maioria não vai mais querer se fechar na relação a dois. O amor romântico de ficar grudado parece bom, mas a maioria vive mal e o sexo no casamento é uma tragédia, né?

iG: Então o amor sem a ideia de complementaridade muda o casamento como conhecemos?

Regina Navarro Lins: O casamento pode ser ótimo, mas para isso é necessário que as pessoas reformulem as suas expectativas a respeito da vida a dois. Se vocês acham que se completam, que nada mais no mundo interessa e só o outro te satisfaz, o casamento não vai funcionar bem porque não é real.

iG: Então ficar muito junto ou muito seguro é o que esfria o sexo no casamento? E há como resgatar a química na relação?

Regina Navarro Lins: É a excessiva intimidade, familiaridade. Mas o grande vilão do tesão no casamento é a exigência de exclusividade. O casamento vira uma dependência emocional entre pessoas. Se você sabe que seu marido não sai do seu pé, não larga de você, ele vira um irmão e não tem mais estímulo para desejar. O mínimo de insegurança é necessário para que o tesão continue. Tenho consultório há 37 anos e nunca vi um casamento com controle no qual as pessoas realmente estejam bem.

iG: Muita gente afirma que o ciúme faz parte do amor, 44% das pessoas na pesquisa concordam com isso. Essa é uma insegurança positiva ou negativa na relação?

Regina Navarro Lins: É maléfico. Desde que nascemos aprendemos que quem ama tem ciúme. Já cansei de ver gente que se preocupa quando o parceiro não sente ciúmes. É um cacoete, um hábito que as pessoas precisam largar, porque é muito limitador pra quem é alvo e pra quem sente.

iG: Então as relações extraconjugais podem ser aceitas em um relacionamento? Mas as pessoas não se sentem desrespeitadas ou magoadas quando isso acontece?

Regina Navarro Lins: A exigência de transar só com uma pessoa é difícil de cumprir. Temos muitos estímulos. Só que não transam com outros para não magoar, dentro de uma mentalidade moralista. É óbvio é que as relações extraconjugais acontecem em maioria porque variar é bom, todo mundo gosta.

Mas as pessoas dizem que isso acontece porque a pessoa não ama a outra. E daí vem o sofrimento atroz. Se você é amada ou desejada, o que o outro faz quando não está com você não interessa. Acho importante refletir sobre essa questão. As mentalidades têm que mudar e as pessoas precisam entender que fidelidade não é importante para ser amado, para a relação dar certo. Quem ama pode transar com outras pessoas. É uma ficção achar que as pessoas vão estar muito satisfeitas transando com a mesma pessoa por 30 anos. Quem quer comer a mesma comida, usar a mesma roupa todo dia?

iG: Em uma das perguntas apresentadas no livro, mais de 70% das pessoas dizem que sexo sem amor pode ser ótimo. A limitação para fazer sexo sem estar em um relacionamento parece ser mais moral, portanto, já que o desejo existe para a maioria?

Regina Navarro Lins: Criou-se uma ideia para as mulheres que sexo tem que estar ligado ao amor. Para homens nunca disseram isso. Podemos ter sexo ótimo amando ou com alguém que acabamos de conhecer.

A cama na rede - O que os brasileiros pensam sobre amor e sexo 434 páginas R$ 39,90 Editora BestSeller Editora BestSeller

iG: Mas a mulher com essa postura mais aberta de relacionamento não afasta os homens? Porque segundo o seu levantamento, 68% das pessoas dizem que eles se assustam quando elas são experientes.

Regina Navarro Lins: Sim, eles ficam temerosos. Homem não se assusta com a mulher independente financeiramente, com sucesso profissional. Ele se assusta com a mulher autônoma, liberta dos padrões de comportamento. É a mulher experiente, que não está mais presa naqueles estereótipos definidos de ser frágil, não fazer sexo no primeiro encontro.

iG: E de maneira geral a sociedade está preparada para essas mudanças, para abrir mão da exclusividade sexual com o parceiro e investir na individualidade?

Regina Navarro Lins: A sociedade não estava preparada para o divorcio na década de 50 e olha como está agora. Os casais caretas sempre existiram e fazem parte de uma minoria.

As sete mudanças do namoro para o casamento (vídeo: As 7 regras do amor)

Quais situações ficam diferentes depois do “sim” e deixam os casados nostálgicos

Eliane Rodrigues e Daniel Gonçalves, de 28 anos, estão comemorando: eles acabam de comprar um apartamento e vão se casar. Com a união os dois desejam, entre outras coisas, passar mais tempo juntos. Já a publicitária Júlia Gil tem 27 anos, é casada há seis e admite sentir falta de um espaço só para ela. “O conceito de individualidade muda depois de casar”. Se a grama do vizinho é sempre mais verde, é inevitável que existam casados e solteiros desejando os benefícios do outro lado da moeda. Mas quais serão as principais mudanças que deixam os casados pensando no passado? Com a ajuda de especialistas e casais, o Delas destaca sete armadilhas e situações do casamento que podem desanimar até os mais apaixonados.

1 – Falta de cuidados com o corpo
Ela não usa maquiagem, ele criou barriga e não corta as unhas do pé. São essas e outras reclamações que chegam ao consultório da psicóloga e terapeuta de casais Marina Vasconcellos.
Segundo a especialista, homens e mulheres tendem a não se preocupar mais tanto com a aparência após o casamento. Depois de um ano de casado, o publicitário Luis Gustavo Chapchap, de 27 anos, dizia para a mulher que não precisava ser tão vaidoso porque já estava “garantido”. Sim, ela ficava brava. “É esperado que os namorados se arrumem para encontrar o outro. Usam perfume e colocam uma boa roupa. Isso é um ritual, faz parte da sedução”, diz a psicóloga. A dica é continuar caprichando para agradar o parceiro - ou aquele homem tão bem vestido que o que te levava para jantar pode fica irreconhecível. Mudanças na rotina sexual e no corpo estão entre os divisores de águas entre o namoro e o casamento

2 – Saudade de sentir saudade
Namorados não se encontram todos os dias e noites. Há espaço para sentir falta do outro, ter saudade. Depois do casamento o clima muda, assim como as expectativas. “Eu gostava muito dos encontros quase secretos”, relata Izabel Correia, de 47 anos, sobre os tempos do namoro escondido. Ela é casada há 27 anos e oficializou a união para viver seu romance com liberdade. Hoje admite que sente falta da animação do namoro. “Era emocionante estar com ele, principalmente porque era sempre por pouco tempo, como se fossemos amantes”, diz. Segundo Marina Vasconcellos, ver o parceiro todos os dias tira um pouco da ansiedade dos encontros – e esse baque é mais sentido em alguns casais.

3 – Overdose de companhia
Além de sentir menos saudade, os casados têm menos tempo para si. Júlia Gil achava legal a ideia de acordar ao lado do marido e preparar a mesa do café enquanto ele tomaria banho. Ela ainda gosta de tudo isso, mas em alguns momentos sente falta de uma cama só para ela e de um espaço para refletir. “A companhia para compartilhar a vida é uma das coisas que mais atrai as pessoas para o casamento. A gente precisa de um outro para crescer, desenvolver, realizar”, diz o psiquiatra e terapeuta Nairo de Souza Vargas. Mas os momentos avulsos também são importantes. “Senão fica a sensação de sufoco, um enforcamento, sem individualidade”, completa Vargas.

4 – Perda da individualidade
O sagrado futebol com os amigos foi proibido. O happy hour dela com as amigas também é sempre criticado pelo marido. De repente, as atividades que cada um tinha quando solteiro ficaram de lado para agradar o parceiro. Segundo Nairo Vargas, a queixa frequente dos homens casados é que a mulher acha ruim que ele faça coisas com outras pessoas. Já as mulheres dizem que não têm espaço para viver a vida delas. Um dos desafios da vida conjunta é manter a individualidade mesmo estando casados. “Os dois tem que ter tempo para fazer coisas que gostam”, explica o terapeuta. Sem isso, corre-se o risco de viver a vida só de um, se anular.

5 - Sexo fácil demais
“O engraçado do casamento é que pode finalmente transar todos os dias, mas não transa”, brinca Raquel Pires, de 37 anos e casada há quatro. “Nosso dia a dia é cansativo e existe o desgaste natural. Quando você está namorando, se programa para o sexo por estar junto com aquela pessoa naquele dia”, diz a psicóloga Marina. “A diferença para os casamentos dos dias de hoje é que o sexo começava apenas depois do casamento, ou seja, era uma grande novidade. Agora só sobra a parte ruim para depois!”, brinca Luiz Chapchap.

6 – Brigas sob o mesmo teto
“No namoro você passa os bons momentos junto com a pessoa e quando briga cada um vai para a sua casa”, diz Júlia Gil. Mas e quando o lar é o mesmo? Se por um lado a proximidade traz segurança, quando há uma discussão não há para onde fugir e é preciso encarar de frente o conflito. “O casamento muda a dinâmica na hora de encarar os problemas. Não dá pra ir para a casa da mãe”, fala Marina Vasconcellos. A psicóloga alerta para a necessidade dos casais resolverem as questões pendentes rapidamente e não acumularem problemas. “Não dá para guardar por muito tempo nem jogar tudo de uma vez na cara do outro”, recomenda.

7 – Obrigações sociais
O casamento traz mudanças drásticas no relacionamento com a família e nas obrigações sociais. Se antes você não se sentia na obrigação formal de ir na casa da mãe do namorado, agora que ele mora com você as visitas para a sogra são inevitáveis. E só a conversa ajudará a dosar o quanto isso é bom para você e o quanto isso incomoda. “O sacrifício é bom, esforço é bom, mas não posso me forçar ou me violentar se a situação me faz mal, me prejudica”, avalia o terapeuta Nairo. O mesmo acontece com a vida social: o aniversário de um amigo, um casamento de alguém que você não conhece, jantar na casa do chefe: quando a união é oficializada fica maior a pressão para comparecer a esses eventos.

Orgasmocracia: você tem que gozar, muito! (Vídeo: Ashley Dupre)

A mulher contemporânea usufrui de sua liberdade sexual, aproveita o direito ao prazer e conhece melhor o próprio corpo. Com a queda de barreiras morais e o advento da pílula anticoncepcional, o sexo erótico ganhou força na vida delas, a ponto de incitar uma busca incessante pelo orgasmo, que agora tem que ser "múltiplo".

O novo momento é marcado por uma grande cobrança pelo gozo e performance na cama, segundo o ginecologista Gerson Lopes, presidente da Comissão Nacional de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Com isso, a satisfação sexual estaria mais associada ao resultado do que com a entrega, e assim o "fim da festa" ganha mais atenção que a experiência completa.

Delas: Explique melhor o conceito da “orgasmocracia” que vivemos. E como isso afeta a relação da mulher com o sexo?

Gerson Lopes: É como se fosse um regime ditatorial em relação ao orgasmo. O direito ao gozo não pode ser substituído pela obrigação de tê-lo. Presa nessa ditadura, a mulher não se solta no processo do brincar e o foco está no resultado (orgasmo) e não no durante. Presa ao 'fim' ela não curte adequadamente o 'meio', comprometendo o envolvimento afetivo e sexual com o parceiro.

Claro que toda relação tem que ser prazerosa, mas não obrigatoriamente orgástica. Existem outros prazeres como olhar, ouvir, tocar, relaxar... Toda mulher deve sim tentar ter orgasmo, mas a satisfação sexual e a felicidade não têm necessariamente a ver com o orgasmo. A pressão de ter o orgasmo dificulta ainda mais a experiência orgástica. Gerson Lopes, ginecologista: "Na clínica chegam mulheres que têm orgasmo, mas não sabem. Isso acontece porque elas possuem expectativas irreais"

Delas: E quem alimenta a ideia que toda mulher deve atingir o prazer máximo para ter uma vida sexual feliz?

Gerson Lopes: Talvez sejam expressões sutis de um viés machista em nossa sociedade. Porém, dizem que machismo é uma doença igual a hemofilia – existe em homem, mas quem transmite é a mulher.

O mundo moderno é um mundo de resultados e a visão do orgasmo pelas mulheres é o reflexo disso.

Delas: Elas se cobram, mas os homens também se preocupam muito com o orgasmo das parceiras?

Gerson Lopes: Erroneamente muitos homens se responsabilizam pelo orgasmo da mulher. A pergunta cretina “você chegou?“ não traduz uma preocupação com ela e sim uma forma de autoavaliação. Ela chegando, significa para ele que desempenhou bem seu papel. Diante disso, o caminho para muitas mulheres é fingir o orgasmo para agradá-lo. Mas ninguém dá orgasmo a ninguém, ele simplesmente acontece. O homem pode apenas facilitar ou dificultar.

Delas: A importância do orgasmo e o assunto em geral também são compartilhados em conversas de amigas. As mulheres mostram uma competitividade entre elas em relação a sua vida sexual?

Gerson Lopes: Infelizmente as mulheres estão tão competitivas em relação ao sexo como os homens e também acabam mentindo tanto quanto eles. Sexualidade não é qualidade de pessoas e sim de envolvimento entre pessoas.

Delas: É possível que, em função de uma grande expectativa em relação ao sexo, algumas mulheres acham que não têm prazer e na realidade têm orgasmos perfeitamente normais?

Gerson Lopes: Na minha clínica chegam mulheres que têm orgasmo, mas não sabem. Isso acontece porque elas possuem expectativas irreais em relação a este fenômeno. A literatura diz que aproximadamente 20% das mulheres têm orgasmos e não sabem.

Delas: O caminho para uma vida sexual satisfatória está mais no conhecimento do próprio corpo que na cobrança por mais prazer? E será que as mulheres se conhecem o suficiente para isso?

Gerson Lopes: Sem dúvida conhecer possibilita mais prazer enquanto a cobrança de desempenho mais desprazer. Eu diria que as mulheres ainda não se conhecem bem. Conhecem muito bem seu corpo estético e higiênico, mas pouco o corpo erótico. E investir no seu erotismo é responsabilidade dela e não do parceiro.

Slow Sex (vídeo: Nicole Daedone)

Até mesmo numa cultura na qual os brinquedos sexuais são um segmento próspero e Oprah Winfrey discute como ter uma vida melhor no quarto, uma comunidade mista dedicada ao orgasmo feminino beira o extremo.

A fundadora do One Taste Urban Retreat Center, Nicole Daedone, vê a si mesma como a líder do movimento slow-sex, ou movimento do sexo lento, que enfatiza quase que exclusivamente o prazer feminino - no qual o amor, o romance a até o flerte não são necessários.

"Em nossa cultura, admitir a importância de nosso corpo é quase como admitir um fracasso", diz Daedone, 41 anos, que pode citar a poeta Mary Oliver e falar ironicamente sobre as complexidades da anatomia feminina com a mesma autoconfiança. "Não acho que as mulheres serão verdadeiramente livres antes de conquistarem sua sexualidade". Um grupo formado por 38 homens e mulheres - com média de idade de vinte e tantos anos - vive em tempo integral no centro de retiros, um prédio despretensioso e elegante, com pé direito alto, situado no distrito de South of Market. Eles preparam as refeições juntos, praticam ioga e meditação mindfulness e conduzem workshops sobre comunicação para grupos de fora de até 60 pessoas. Porém, a atividade primordial do grupo, identificada no calendário do site pelo misterioso nome de "prática matinal", é aberta somente aos moradores do centro. Todos os dias, às 7 da manhã, enquanto o resto dos EUA está comendo cereal matinal ou tentando enfrentar um engarrafamento sem ter falta de ar, cerca de uma dúzia de mulheres, nuas da cintura para baixo, deitam-se com os olhos fechados numa sala com cortinas de veludo, enquanto os homens, vestidos, se aconchegam a elas, acariciando-as num ritual conhecido como meditação orgástica - "OMing", para os íntimos. Os casais, que podem ou não estarem envolvidos emocionalmente, chamam uns aos outros de "parceiros de pesquisa". Uma comunidade dedicada a que homens e mulheres criem em público "o orgasmo que existe entre eles", segundo definiu uma moradora, pode soar como a mais nova piada da Califórnia. Mas, a região de Bay Area tem uma história vívida e notável de buscadores que constroem suas vidas em torno da aventura sexual.

San Francisco tem orgulho de sua herança libertina, como Sean Penn demonstrou recentemente em "Milk". A busca pela transformação pessoal, inclusive através do sexo, levou para o litoral as banheiras quentes do Esalen Institute, em Big Sur - berço do movimento do potencial humano. Nos anos 60, as comunidades floresceram na cidade, muitas delas incorporando o amor livre. O centro One Taste nada mais é do que a mais recente estação desse metrô sexual, entrelaçando as linhas da liberdade individual radical, da espiritualidade oriental e do feminismo. A ideia de uma comunidade sexual de San Francisco voltada para o orgasmo feminino faz parte da longa e rica história de mulheres que assumiram sua sexualidade e a tornaram pública", diz Elizabeth A. Armstrong, professora de sociologia da Universidade de Indiana, que vem estudando as sub-culturas sexuais de San Francisco.

Assim como outros líderes de comunidades, a líder do centro One Taste, Daedone, tem uma personalidade polarizadora e seus admiradores a veneram como diva sexual, embora alguns ex-membros afirmem que ela exerce um poder meio religioso sobre seus seguidores. Segundo eles, algumas vezes ela chegava a sugerir enfaticamente quem deveria se envolver com quem.

"Sempre tinha uma pressão em relação aos limites das pessoas", diz Judy Silver, que morou no One Taste por três anos e meio e saiu no outono passado. "Todos sabíamos que era um lugar da pesada, e entramos para jogar duro".

O grupo não atraiu muita atenção durante seus quatro anos e meio de existência - talvez porque esse tipo de comunidade já não cause nenhuma surpresa para os moradores de San Francisco - apesar de ter causado alguma sensação quando o jornal The San Francisco Chronicle trouxe uma matéria sobre as aulas de ioga sem roupa do grupo (sem fins sexuais). Muitos voyeurs não praticantes de yoga apareceram por lá depois disso. Agora as aulas ocorrem com os alunos vestidos. O One Taste atrai um público eclético. Algumas pessoas estão em períodos de transição, como o engenheiro de 50 anos e rosto angelical do Vale do Silício, divorciado recentemente, que disse que a prática de fixar sua atenção em um ponto minúsculo do corpo da mulher melhora sua concentração no trabalho. A maioria dos moradores é de jovens buscadores, que procuram preencher um vazio interno e se fortalecer através do que Daedone prega: uma mistura de sexualidade e espiritualidade centrada na mulher. Uma das residentes, Beth Crittenden, 33 anos, cresceu entre as plantações de tabaco do conservador estado de Virgínia, um lugar onde, segundo ela, a anatomia feminina nunca era discutida e a masturbação era algo que não podia ser mencionado. "Eu nunca tinha feito nada, mesmo no cair da noite", disse ela.

Ela acabou indo parar no prédio do One Taste na rua Fulton, com seus sofás macios e aconchegantes, e matriculou-se no curso de auto-prazer da mulher - pois seus relacionamentos com os homens "acabavam sempre batendo num muro de cimento", disse ela. Ela resistiu às ofertas de ingressar em novos cursos (por uma taxa), deletando as incessantes mensagens de e-mail que recebia do centro. Mas, às vésperas de seu 29º aniversário, ela voltou, hesitante. "Eu estava com medo de abrir tanto minha vida, mas estava com mais medo ainda de não fazê-lo", disse ela. Agora que é uma instrutora, Crittenden fala sobre "a velocidade lenta do meu desejo e minha hesitação em ceder a ele". Outra integrante do centro, Racheli Cherwitz, 28 anos, passou anos lutando contra a anorexia e o alcoolismo, segundo ela própria disse. Na busca de sua identidade, mudou-se para Israel e se tornou uma judia ortodoxa. Descobrir a One Taste, disse ela, melhorou sua auto-imagem e deu a ela um "profundo acesso físico à mulher que sou e à mulher que quero ser". Cherwitz viaja para Nova York e oferece treinamento particular sobre sensualidade numa filial do One Taste na Grand Street. Ela diz que muitos de seus clientes são casais de judeus ortodoxos do Brooklyn.

No mundo do One Taste, homens e mulheres fazem um estranho pacto impessoal. Não há contato visual durante a meditação orgástica. A idéia, similar ao sexo tântrico do budismo, é prolongar o clímax sensorial e compartilhá-lo publicamente antes de conseguir a "aceitação" - termo usado pelos moradores, que costumam falar através de jargões, para definir o orgasmo. Apesar de os homens não serem tocados pelas mulheres e não chegarem ao orgasmo, eles dizem vivenciar uma sensação de energia e saciedade. Tanto os acariciadores quanto as acariciadas insistem que o verdadeiro propósito do OMing é uma "hidratação" do ser, é a conexão humana e não o sexo.

Reese Jones, investidor de risco namorado de Daedone, compara a meditação orgástica a uma massagem. "É um procedimento para nutrir o sistema límbico, como o ioga ou o pilates, nada mais que disso", diz. "Quando você vai fazer uma massagem", disse ele, "você não leva a massagista para jantar depois". Grande parte da atmosfera da comunidade gira em torno de Daedone, uma mulher de charme considerável, apesar de seus detratores a verem como uma mestra em manipulação. "Nicole lê as pessoas", diz Marci Boyd, 57, a moradora mais velha do grupo, usando uma frase do livro "Stranger in a Strange Land", de Robert A. Heinlen, que significa entender alguém tão completamente que o observador se funde com o observado. Daedone insiste que ela não gosta e não pede pela imagem de toda poderosa. Há um potencial muito forte que isso se torne um culto. Ela deixou recentemente sua moradia na comunidade, em parte para lutar contra essa tendência. "Sempre que eu estava no centro, todo mundo me tratava como um guru", disse ela. "Eu acordava e as pessoas vinham sentar-se na minha cama". Agora ela mora com Jones, seu namorado, que vendeu sua companhia de software, a Netopia, para a Motorola por US$ 208 milhões, e fornece recursos financeiros para o One Taste, ajudando inclusive a comprar uma sede de retiros em Stinson Beach, na Califórnia. Daedone quer que o One Taste saia do eixo alternativo e para isso o centro oferece ensinamentos de rabinos e monges tibetanos, junto com aulas públicas e cursos sobre "sexualidade consciente".

Entretanto, é difícil imaginar que o One Taste se torne uma tendência. Num curso de final de semana realizado recentemente no centro, onde uma enorme platéia de homens e mulheres estava interessada em aprender a meditação orgástica, Daedone resumiu sua filosofia. "Em nossa cultura", disse ela, sentada sobre uma almofada com uma aura quase divina, "as mulheres têm sido condicionadas a terem uma sexualidade fechada e uma abertura de sentimentos, e os homens têm uma sexualidade aberta e os sentimentos fechados. Existe esse lugar enorme de resistência e vergonha". Logo depois, os aspirantes à prática do OM, incluindo um casal de Marin County que esperava reacender a chama de seu casamento, reuniram-se no chão em volta de uma cama de massagem. Justine Dawson, uma bela moradora da comunidade, de 34 anos, tirou seu roupão e subiu na maca. Outro morador, Andy Roy, 28, começou sua tarefa, com uma concentração tão intensa que começou a transpirar. Os presentes foram instruídos a ventilar seus sentimentos e muitos o fizeram, descrevendo a excitação que eles, também, estavam sentindo.

Cleópatra moderna
Quando a sessão terminou, Dawson emanava um resplendor digno de um Caravaggio, uma inocência juvenil. Em outro contexto, aquele poderia ter sido um momento profundo e romântico entre dois amantes. Em vez disso, uma imagem diferente me veio à mente: a entrevista pós-coito de Howard Cosell, segurando um microfone, no filme "Bananas", de Woody Allen.

Passos de dança no caminho da feminilidade (vídeo: ODISSI)

Muita gente foge intimidada de uma atividade que deveria ser divertida. Envergonhadas, sem jeito, fora de forma, as mulheres às vezes preferem só assistir. Mas não é preciso ter corpo de bailarina nem técnica forjada a ferro e fogo para entrar na dança. Na verdade, muitos estilos têm como objetivo exatamente ajudar as mulheres a entrar em contato com sua feminilidade, identidade e afeto. E, surpresa: quem nunca dançou antes não apenas é bem-vinda, como às vezes têm até vantagens.

“Por causa da novela ‘Caminho das Índias’, no ano passado, as pessoas chegaram um pouco mais próximo do que é a estética indiana. Mas o que se viu é mais o que se faz no cinema, em Bollywood. Pouco se conhece da dança clássica indiana”, explica Silvana Duarte, professora que se dedica há 17 anos exclusivamente ao odissi, um dos sete estilos clássicos indianos, originário da costa leste da Índia. Apesar de facilmente reconhecível, o odissi, como as demais danças tradicionais do país, passa longe das coreografias sincronizadas e em grandes grupos da dança indiana contemporânea. Dissociando sete partes do corpo, o odissi equilibra masculino e feminino através de gestos que nunca acontecem sem um significado.

A dança praticada por Silvana obedece a um tratado milenar de dramaturgia. “É a escultura em movimento. Pintura, teatro, música, todos comungam dos mesmos princípios. Não é o gesto pelo gesto”. Essa consciência do gesto é exatamente o maior ganho de quem decide praticar este estilo. A dança usa técnicas diferentes para pernas, pés, olhos, pescoço, braços e mãos (chamadas de mudras). “É uma verdadeira fisioterapia cerebral, e trabalha uma coordenação motora muito mais refinada do que a maioria das danças”, diz Silvana. “Você trabalha muito a consciência do gesto, passa a perceber como seu gesto no dia a dia é mecânico e sem consciência”.

Um diferencial importante da dança odissi é a combinação de masculino e feminino, com movimentos que se traduzem de forma mais viril dentro da suavidade, por exemplo. Como tradicionalmente o repertório clássico é solo, o equilíbrio é atingido por um mesmo dançarino, que pode tanto ser homem como mulher. “A experiência do palco é uma experiência muito singular. Com um dançarino sozinho, fazemos um mergulho além da forma. No Ocidente estamos muito presos a ver todos os corpos como se fossem um, a elementos grandes de cena”.

Pode parecer uma realidade longínqua e para iniciados – e, de fato, Silvana diz que é procurada principalmente por pessoas interessadas em filosofia, cultura indiana e praticantes de ioga. Mas a professora garante que é uma arte acessível a todos, e que quem nunca praticou dança antes pode até ter vantagens. “Como eu já era bailarina clássica quando conheci o odissi, tive muito trabalho para desconstruir toda uma técnica do meu corpo. Uma pessoa leiga não terá que passar por isso. É claro que todo mundo pode aprender”.

O estilo “tribal fusion” surgiu a partir dos anos 70, quando dançarinas do ventre voltaram às origens tribais, misturaram grupos de diferentes áreas (Turquia, Índia, Oriente Médio) e acrescentaram elementos urbanos e contemporâneos à sua pesquisa. Isso deu origem ao ATS, que no início ainda seguia a lógica tribal de um grupo de mulheres que dançavam sempre juntas e tinham um “vocabulário” comum que permitia que dançassem de forma sincronizada e espontânea ao mesmo tempo. Com o tempo, a vontade se terem mais liberdade e alguma influência da cultura hippie, o ATS deu origem ao que hoje é conhecido como tribal fusion. “Essa sintonia acontece rápido, uma vai conhecendo o corpo de uma da outra, o sentimento de comunhão com as outras dançarinas é magico”, diz a professora Marília Lins. “Mas para acontecer de forma improvisada e em grupo, as coisas tinham que ser bem definidas. Tirava um pouco a criatividade”.

O estilo tem sua linguagem, mas a liberdade é grande. Não existe uma música certa – muita gente mistura com eletrônica, por exemplo -, nem uma roupa exata. “O tribal é uma manifestação de um arquétipo feminino da dança no presente. O que faz ser especial é ser uma manifestação da sua verdadeira personalidade. Não é uma mulher vulgar ou desencaixada, é consciente de sua sensualidade, sem ser escrachada. O importante é colocar esses aspectos mais pessoais e trabalhar sua feminilidade dentro de seu próprio contexto”, diz Marília.

Marília diz que a dança é para todas, mesmo as que não têm nenhuma experiência. A professora é procurada principalmente por meninas mais jovens, urbanas, modernas, com interesse em espiritualidade e ioga. E diz que o principal ganho que percebe nas alunas é exatamente levar essa descoberta da feminilidade para o dia a dia. “Acaba te transformando como pessoa, te deixando com uma sensação de mais poder na sociedade. Sabe que e bonita, sensual, se move diferente, mas não usa de forma apelativa. Essa transformação é uma coisa muito bonita”, acredita Marília.

Danças que são quase uma brincadeira, como cancan e charleston, e até brincadeira de adulto, como a glamurosa versão do strip-tease do burlesque são o destino mais comum das alunas tímidas da professora Shaide Halim. Apaixonada pelo universo pin-up e pelas coisas de antigamente, ela dá aulas de “danças vintage”, em que os estilos acima encontram também o rockabilly e uma versão do jazz de musicais que ela chama de “Just cabaret”. Em comum, os estilos têm a necessidade de a dançarina aprender a se expor. “É uma dança que precisa ser cara de pau, é tudo muito atuado. Por incrível que pareça, a maioria é bem tímida. Começa a se soltar através da dança”, diz Shaide. “Na primeira apresentação mal conseguem sorrir no palco. Aí acabam se divertindo e vem natural no movimento”.

E se soltam mesmo quando o curso chega na parte do burlesco. As mais recatadas usam malha de dança por baixo de uma roupa comum, as mais animadas capricham na lingerie. Mas todas aprendem os movimentos da dança em que o show é tirar a roupa. “A maioria só quer aprender para fazer para o namorado ou para se soltar mesmo”, diz. Quem já tem alguma experiência com jazz ou balé sai na frente, mas não é preciso saber dançar nada para começar. “O objetivo é se divertir e se soltar. E eu vejo isso passando para o dia a dia delas”.

A biodança não é propriamente uma forma de dança, ou não é só isso. O sistema criado pelo psicólogo chileno Rolando Toro propõe uma reabilitação afetiva que pode ser também um processo terapêutico. “A proposta não é trabalhar com uma coisa de terapia de focar no problema, e sim no potencial, no que a pessoa tem de bom e saudável, para resgatar a força, a alegria, se reposicionar”, explica a coordenadora da Escola Paulista de Biodança Maria Angelina Pereira.

Não se trata, portanto, de elaborar coreografias ou conseguir levantar a perna mais alto. A dança é parte de um processo que resgata principalmente o afeto e a identidade. As aulas, ou sessões, acontecem sempre em grupo e é interessante que o grupo fique junto para vivenciar um processo. Os encontros começam sempre com o que chama de “partilha verbal”: uma conversa em que o “facilitador” explica as razões dos movimentos. “Eles precisam um pouco de uma autorização intelectual para se mover, para coisas como brincar de palma, tocar no outro”, diz Angelina. Na segunda parte, não entram palavras. A comunicação é feita só pela olhar e pelo toque. Começam em roda e vão evoluindo com movimentos lúdicos e livres.

No começo, muita gente tem vergonha das atividades mais lúdicas e das que envolvem segurar na mão de um estranho, por exemplo. Outros têm mais dificuldade no final quando os movimentos desaceleram bastante. “A gente está acostumado a só tocar as coisas da gente. Muitas pessoas só são tocadas quando são crianças, depois ganham um beijo no aniversário e outro no Natal”, acredita. É nessa linha que está o maior ganho proposto pela vivência da biodança, segundo ela, que diz que é procurada por todo tipo de gente, de todas as faixas etárias. Marlise Luiza Appy, diretora da Escola Paulista de Biodança e colega de Angelina, por exemplo, começou aos 50. Hoje tem 82 anos e é facilitadora de biodança. “Quebrar resistência interiores e se permitir experimentar é o grande ganho. É uma reabilitação em relação à existência, resgatar o sentido do olhar, do toque, da sexualidade, do afeto”

10 dicas de sexo tântrico (vídeo: Judy Kuriansky)

Atitudes simples para incorporar o tantra no dia a dia do casal. A massagem é um dos principais recursos do sexo tântrico

Você já deve ter ouvido falar que os praticantes de sexo tântrico têm a consciência corporal mais desenvolvida, que a energia produzida durante a relação gera disposição e que os orgasmos duram mais tempo. Tudo isso é verdade, garantem os especialistas. Mas, para chegar nesse ponto, é preciso investir em treinamento – e muitas vezes isso implica em rever o estilo de vida.
A massagem é um dos recursos principais do sexo tântrico, além disso, alguns exercícios mentais e corporais ajudam na ativação da energia sexual, a chamada “kundalini”. A prática é recomendada para todo tipo de casal disposto a aprender, sem limitações de idade ou preferências sexuais.

A psicóloga clínica Judy Kuriansky, autora do livro “O Guia Completo do Sexo Tântrico” (Editora Madras), e os terapeutas corporais Gabriel Saananda e Roberta Jaloretto, do Espaço Companhia do Ser, ensinam os dez primeiros passos para iniciantes, que buscam novas experiências prazerosas.

1. Tempo e sincronia
Reserve pelo menos um dia na semana para praticar a massagem tantra com seu parceiro. O horário da manhã é recomendado, após uma boa noite de sono. Antes de começar, Judy Kuriansky recomenda: “É preciso que o casal esteja na mesma sintonia. Inspirar e expirar juntos até estarem no mesmo nível energético”.

2. Explore o outro
A mulher pode começar aplicando a massagem no homem. A terapeuta Roberta Jaloretto aconselha: “Toque todo o corpo dele buscando levar sensibilidade para partes que geralmente ficam esquecidas. A ideia é sensibilizar ‘o todo’ por meio de toques suaves, trabalhando a pele com toques bem relaxantes”, diz. O objetivo é promover sensações gostosas e estimulantes

3. Não tenha pressa
A massagem tântrica não combina com pressa nem pressão. É preciso saborear a experiência, o caminho, sem focar tanto na conclusão. Estar em posição de receber a massagem é especialmente benéfico para o homem, que aprende a controlar e prolongar o seu prazer. Ele deve ficar de meia hora até uma hora apenas curtindo os toques, sem ejacular. “É uma brincadeira que funciona como um treinamento”, ensina Gabriel Saanandra.

4. Deliciosos artifícios
Segundo Saanandra, você também pode utilizar as unhas, os cabelos ou um lenço de seda para fazer a massagem. “Isso faz com que a pele fique sensível e acorde – ele começa ficar arrepiado”. É recomendado utilizar texturas e brincar com as sensações de quente e frio; use a imaginação!
Toques suaves com unhas, lenços e outros

5. Inverta os papéis
O homem também deve massagear a mulher: são toques longos e circulares, que ligam duas partes do corpo – enquanto uma mão sobe, a outra desce: o ombro com o bumbum, os genitais com a barriga, as costas com o abdome. Existe uma grande variedade de óleos especiais para massagem. Mas, na falta de algum produto específico, você pode usar o hidratante que tiver em casa.

6. Respire, suspire...
A respiração é parte importante durante todo o processo. A inspiração deve ser profunda e a expiração bem relaxada. “Trazer energia para dentro e relaxar na hora de soltar o ar”, ressalta Saanandra. Durante o ato, gema, suspire, não tenha vergonha de expressar as sensações boas da massagem por meio de sons.

7. Olho no olho
Olhar nos olhos é uma prática básica do sexo tântrico. Judy Kuriansky, autora de “O Guia Completo do Sexo Tântrico”, recomenda olhar fixamente para a chama de uma vela por algum tempo para desenvolver a concentração necessária para intensas trocas de olhares. É recomendável praticar o exercício antes de dormir. Você também pode, ao invés de olhar, ser receptiva e receber o olhar do outro.

8. Crie rituais amorosos
Tomar banho juntos, vestir aquela roupa especial, escolher um perfume estimulante... Esses pequenos ritos preparam para uma troca de amor mais íntima. O ambiente deve estar totalmente limpo, com luz na medida. A roupa de cama pode ser especial para a ocasião e, para aumentar o conforto, disponha também algumas almofadas. Posicione objetos que simbolizem os quatro elementos: uma vela para o fogo, um líquido para a água, uma folha para o ar, uma flor para a terra.

9. Entenda a filosofia tantra
“Sexo tântrico não é o sexo que as pessoas conhecem. O tantra busca ensinar e ajudar as pessoas a se excitarem com o afeto e não com o genital”, frisa Gabriel Saananda. A filosofia propõe uma maior conexão com o seu ser, expansão de consciência e percepção do corpo. “Dentro da terapia tântrica você vai aprender a lidar com suas sensações, a trazer intimidade para dentro da sua vida”.

10. Ache sua turma e um terapeuta sério
Participar de workshops e vivências tântricas é uma boa pedida para os novatos. Existe uma variedade de treinamentos – em grupo, individuais, para casais, de longa ou curta duração – que variam de acordo com a filosofia de cada espaço. Como não há uma certificação e nem uma licenciatura em terapia tântrica, fique de olho na hora de escolher um profissional. O especialista tem que ser habilitado em técnicas de massagem, com especialização em tantra, e é essencial que você se sinta confortável com ele. O toque faz parte da terapia, mas não há sexo envolvido durante as sessões. “Com o terapeuta você vai desenvolver a confiança e a técnica para que carregue isso com você e possa aplicar no dia a dia”, explica Roberta.

Sexo tântrico: mais prazer e energia (vídeo: Sos Mi Vida)

A filosofia tântrica é baseada na consciência corporal e intimidade, prometendo um orgasmo intenso e mais longo

“Havia incorporado a ideia de transar para aliviar o estresse em vez de usá-lo para me aproximar do parceiro. Hoje sei me vincular, sustentar uma intimidade.” É assim que a terapeuta corporal Isabelle Moura, 27 anos, relata sua experiência com o sexo tântrico. Profissional formada em técnicas de massagem, ela se especializou no atendimento tântrico há dois anos. Popularmente conhecida como uma técnica que retarda o orgasmo e potencializa o prazer, o sexo tântrico é mais que isso. A prática proporcionaria um movimento de energia sexual capaz de se expandir e circular pelo corpo, passando pelos canais de energia chamados de chakras. “Não tem qualquer urgência, você aproveita aquilo, se nutre. Isso tira a nossa afobação”, relata Isabelle.

De acordo com os praticantes, um orgasmo “tântrico” pode durar mais de uma hora - e com o tempo o organismo aprende a lidar com essa intensidade. Além disso, a sensação tende a ser diferente do sexo comum, porque em vez de expulsar a energia e acabar logo, o prazer se espalha para o resto do corpo. No caso dos homens isso significa que não há ejaculação durante o clímax.

Mas nada disso é conquistado em um passe de mágica: exige disposição, treino e um olhar diferente sobre o sexo. O trabalho terapêutico pode ser realizado junto a especialistas em atendimentos individuais, para casais ou em vivências de grupo, e envolve técnicas de respiração e massagens (algumas delas na região genital). Esse processo ajuda na redescoberta do corpo e desenvolve a intimidade das pessoas com a excitação, apontam os profissionais.

Quem pratica sexo tântrico também muda os hábitos sexuais e a forma como vê a transa, se desprendendo de imagens, conceitos e atitudes como a do homem dominador, mulher submissa ou esposa responsável pela satisfação sexual do parceiro. “Todos já têm um jeito de fazer a relação sexual, um condicionamento, um vício. Acham que, quanto mais forte o sexo, mais intimidade terão. Mas o afeto é o caminho da relação sexual - e não se vestir de enfermeira ou mulher samambaia”, diz Gabriel Saananda, terapeuta. A excitação, nesse caso, acontece em um processo de relaxamento e não por fetiches, fantasias ou tensão. É menos mental e baseada no toque do outro. “É mais sensorial, refinado. A maioria dos homens ainda é muito machista, e o tantra tira isso”, diz Celi Shakti, terapeuta tântrica. “Você aprende a ter soltura, falar o que deseja”, completa ela.

Para conhecer novas formas de fazer sexo, não são as posições que se tornam fundamentais, mas explorar áreas do corpo e brincar com as sensações usando mais que genitais, mãos e boca. Parte do treinamento, inclusive, consiste em retirar a penetração do sexo. Nesse processo, a pele tem um papel importante, produzindo fluxos e espalhando estímulos pelo corpo. “É o maior órgão que temos. A gente cuida, enche de creme, mas ela está congelada sensorialmente. Não temos uma educação sexual para estimular a pele”, aponta Saananda.

No tantra há a possibilidade de atingir um “multiorgasmo”, uma finalização que não deixa o casal cansado, e sim cheio de disposição, como explica Saananda. Treinando a ter pulsos de orgasmo, a sensação é prolongada. “A mulher é capaz de ter vários orgasmos. Tem que aprender a fazer essa energia subir pelo corpo, se abrir e confiar em si mesma”, diz. Assim como ele, Shakti também ressalta a feminilidade do Tantra, já que ele é baseado na energia vital que provém da mulher.
Entre os benefícios do tantra estão a consciência corporal e a confiança. Na vida sexual ele promete ajudar mulheres na menopausa ou com outras dificuldades sexuais, homens que sofrem com ejaculação precoce e impotência. “Foi há muito anos que me encontrei pela primeira vez com uma mulher tântrica que não me deixava ejacular. Para um argentino, engenheiro e com ejaculação precoce foi um susto. Mas deu um clique na minha vida”, conta Saananda.

O trabalho com a energia sexual não beneficia os praticantes apenas entre quatro paredes. Além de melhorar a qualidade dos relacionamentos, o fluxo de energia dá mais vitalidade, disposição e lucidez para todos os momentos do dia, segundo os terapeutas. “Você leva isso na forma de estar no mundo. A energia sexual é a energia vital. Quando você não joga ela fora em uma ejaculação ou orgasmo, muda seu padrão”, diz Saananda. Já Shakti explica que a libido tem que estar presente em todas as áreas da vida, até no trabalho: “O tantra te ensina a ser sensual o tempo todo, seduzir as coisas para você”, aponta.

Para Julia Sakamoto, o tantra a ajudou a driblar a timidez e ser mais segura com o próprio corpo. Aos 41 anos, a profissional de estética se aproximou do tantra há três anos e nos últimos sete meses intensificou as terapias. “Com as vivências sei me amar, tocar, me ver como sou. Hoje me olho de corpo inteiro no espelho”, diz ela. O trabalho tântrico a ajudou a quebrar bloqueios sexuais que ela carregava pela religião e formação familiar. Fazer sexo tântrico exige prática e estudos. Mas é possível introduzir um pouco desse conhecimento no seu dia a dia. Os terapeutas tântricos dão dicas para melhorar o sexo:

- Sair para jantar e tomar um vinho parece muito romântico, mas o álcool e estômago cheio atrapalham no desempenho

- Reserve um momento do seu dia para o sexo, quando não tiver muito cansada ou estressada. É preciso estar disposta e não fazer por obrigação. O horário da manhã é recomendado

- Arrume o quarto para fazer massagens um no outro. Brinquem de explorar os corpos digam o que desejam sem receio

- Aposte em trilhas sonoras mais femininas ou calmas

- Respire fundo no durante, puxando o ar pra dentro em vez de soprando forte para fora.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Brasil x Paraguai (Larissa Riquelme) - Copa América 2011



Entre a seleção Brasileira e o futebol do Paraguai... fico com a LARISSA

Depois de uma longa enfermidade, a mulher morre e chega à porta do céu. Enquanto espera por São Pedro, ela vê através das frestas seus pais, amigos e todos os que haviam partido antes dela, sentados em uma mesa, desfrutando de um banquete maravilhoso. Quando São Pedro chega, ela comenta:
- Que lugar tão lindo! Como faço para entrar?
- Eu vou dizer uma palavra. Se a soletrares corretamente da primeira vez, entras; se errares, vás direto para o inferno - respondeu São Pedro.
- Ok, Qual é a palavra?
- AMOR - disse São Pedro. Ela a soletrou corretamente e entrou no céu.

Um ano depois, São Pedro pediu pra que ela vigiasse a porta. E nesse dia, para sua surpresa, apareceu ele que fora seu marido.

- Olá, que surpresa! - disse ela- Como estás?
- Ah, tenho estado muito bem desde que faleceste. Me casei com aquela bela enfermeira que cuidou de ti, ganhei na loteria e fiquei milionário. Então vendi a casa onde vivíamos e comprei aquela mansão no bairro alto que tu sempre admiraste. Viajei com minha esposa pela Europa, Ásia e Oceania. Estávamos de férias nos Alpes Suíço justamente quando decidi esquiar. Caí..., o esquí bateu na minha cabeça e aqui estou. - E diga-me. Como faço para entrar, querida?

- Eu vou lhe dizer uma palavra. Se a soletrares corretamente da primeira vez, podes entrar. Se não, vás direto para o inferno. - respondeu ela.

- OK, disse ele, - Qual é a palavra?

- SCHWARTZENEGGER

MORAL DA HISTÓRIA: NEM MORTO PODES CONTAR TODA A VERDADE A UMA MULHER, POIS CORRES O RISCO DE VIVER NO INFERNO O RESTO DE TUA EXISTÊNCIA.

Link para arquivo de imagens das torcedoras Paraguaias:
http://www.4shared.com/file/OFSDrC_5/Paraguaias.html

Menina linda, tô aqui...

Menina linda, tô aqui...
respira fundo!

AMOR NÃO É SENTIMENTO

Data estelar: Sol e Vênus em trígono com Netuno; Lua que cresce em Libra será Vazia, das 6h16 às 17h54, horário de Brasília.

Enquanto isso, aqui na Terra, se cada ser humano dedicasse alguns minutos todo dia para tirar o amor da prateleira teórica, aplicando-o de forma prática nos relacionamentos, trabalhos e tarefas cotidianas, a evolução se processaria com velocidade vertiginosa, e o tamanho das desgraças e convulsões diminuiria drasticamente.

O que é praticar amor?

Distribuir energia, que é o contrário de tudo que nossa civilização predatória ensina.

Distribuir energia significa você irradiar influência em vez de recebê-la, prestar serviço ao invés de exigir ajuda, oferecer boas vibrações no lugar de se afetar com as péssimas que circulam por aí, acolher as diferenças em substituição a destacá-las.

Amar não é sentimento, amar é pura ação efetiva que tende à integração.

Quiroga
www.astrologiareal.com.br

No you, it´s 4shared

Mestres da Natureza Humana...

Geo mapa do seio de Gaia

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peitos - tetas