
Por outro lado a traição é da ordem da transcendência, assim transgredir é transcender. É romper com o velho, é criar o novo, é abster-se do pré-conceito. As vezes essa transgressão propõe outra lei e outra realidade. O surgimento do fundamentalismo atualmente é uma reação a um mundo que quer mudar seu eixo para o coletivo, visto que a mutação é imperativa para a continuidade. O tradicionalista se apavora quando vê contrariada uma de suas máximas.

Mesmo a sede de poder, apontada como a grande vilã e impedimento para um mundo idealizado, não é tão assustadora para a tradição como a traição pela transcendência. O traidor é portanto um transgressor que propõe outra lei, outra realidade.

Assim, ouse transgredir e acima de tudo siga seu coração. Quase sempre é preciso errar e transgredir o status quo, para que possa haver a transcendência desejada . Logo a tradição precisa de traição como a preservação precisa da evolução. O acerto de hoje, depende do erro de ontem, porque a evolução só existe quando existe uma manifestação a ser contestada.
idéias extraidas de "A Alma Imoral" de Nilton Bonder


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