terça-feira, 19 de julho de 2011

Passos de dança no caminho da feminilidade (vídeo: ODISSI)

Muita gente foge intimidada de uma atividade que deveria ser divertida. Envergonhadas, sem jeito, fora de forma, as mulheres às vezes preferem só assistir. Mas não é preciso ter corpo de bailarina nem técnica forjada a ferro e fogo para entrar na dança. Na verdade, muitos estilos têm como objetivo exatamente ajudar as mulheres a entrar em contato com sua feminilidade, identidade e afeto. E, surpresa: quem nunca dançou antes não apenas é bem-vinda, como às vezes têm até vantagens.

“Por causa da novela ‘Caminho das Índias’, no ano passado, as pessoas chegaram um pouco mais próximo do que é a estética indiana. Mas o que se viu é mais o que se faz no cinema, em Bollywood. Pouco se conhece da dança clássica indiana”, explica Silvana Duarte, professora que se dedica há 17 anos exclusivamente ao odissi, um dos sete estilos clássicos indianos, originário da costa leste da Índia. Apesar de facilmente reconhecível, o odissi, como as demais danças tradicionais do país, passa longe das coreografias sincronizadas e em grandes grupos da dança indiana contemporânea. Dissociando sete partes do corpo, o odissi equilibra masculino e feminino através de gestos que nunca acontecem sem um significado.

A dança praticada por Silvana obedece a um tratado milenar de dramaturgia. “É a escultura em movimento. Pintura, teatro, música, todos comungam dos mesmos princípios. Não é o gesto pelo gesto”. Essa consciência do gesto é exatamente o maior ganho de quem decide praticar este estilo. A dança usa técnicas diferentes para pernas, pés, olhos, pescoço, braços e mãos (chamadas de mudras). “É uma verdadeira fisioterapia cerebral, e trabalha uma coordenação motora muito mais refinada do que a maioria das danças”, diz Silvana. “Você trabalha muito a consciência do gesto, passa a perceber como seu gesto no dia a dia é mecânico e sem consciência”.

Um diferencial importante da dança odissi é a combinação de masculino e feminino, com movimentos que se traduzem de forma mais viril dentro da suavidade, por exemplo. Como tradicionalmente o repertório clássico é solo, o equilíbrio é atingido por um mesmo dançarino, que pode tanto ser homem como mulher. “A experiência do palco é uma experiência muito singular. Com um dançarino sozinho, fazemos um mergulho além da forma. No Ocidente estamos muito presos a ver todos os corpos como se fossem um, a elementos grandes de cena”.

Pode parecer uma realidade longínqua e para iniciados – e, de fato, Silvana diz que é procurada principalmente por pessoas interessadas em filosofia, cultura indiana e praticantes de ioga. Mas a professora garante que é uma arte acessível a todos, e que quem nunca praticou dança antes pode até ter vantagens. “Como eu já era bailarina clássica quando conheci o odissi, tive muito trabalho para desconstruir toda uma técnica do meu corpo. Uma pessoa leiga não terá que passar por isso. É claro que todo mundo pode aprender”.

O estilo “tribal fusion” surgiu a partir dos anos 70, quando dançarinas do ventre voltaram às origens tribais, misturaram grupos de diferentes áreas (Turquia, Índia, Oriente Médio) e acrescentaram elementos urbanos e contemporâneos à sua pesquisa. Isso deu origem ao ATS, que no início ainda seguia a lógica tribal de um grupo de mulheres que dançavam sempre juntas e tinham um “vocabulário” comum que permitia que dançassem de forma sincronizada e espontânea ao mesmo tempo. Com o tempo, a vontade se terem mais liberdade e alguma influência da cultura hippie, o ATS deu origem ao que hoje é conhecido como tribal fusion. “Essa sintonia acontece rápido, uma vai conhecendo o corpo de uma da outra, o sentimento de comunhão com as outras dançarinas é magico”, diz a professora Marília Lins. “Mas para acontecer de forma improvisada e em grupo, as coisas tinham que ser bem definidas. Tirava um pouco a criatividade”.

O estilo tem sua linguagem, mas a liberdade é grande. Não existe uma música certa – muita gente mistura com eletrônica, por exemplo -, nem uma roupa exata. “O tribal é uma manifestação de um arquétipo feminino da dança no presente. O que faz ser especial é ser uma manifestação da sua verdadeira personalidade. Não é uma mulher vulgar ou desencaixada, é consciente de sua sensualidade, sem ser escrachada. O importante é colocar esses aspectos mais pessoais e trabalhar sua feminilidade dentro de seu próprio contexto”, diz Marília.

Marília diz que a dança é para todas, mesmo as que não têm nenhuma experiência. A professora é procurada principalmente por meninas mais jovens, urbanas, modernas, com interesse em espiritualidade e ioga. E diz que o principal ganho que percebe nas alunas é exatamente levar essa descoberta da feminilidade para o dia a dia. “Acaba te transformando como pessoa, te deixando com uma sensação de mais poder na sociedade. Sabe que e bonita, sensual, se move diferente, mas não usa de forma apelativa. Essa transformação é uma coisa muito bonita”, acredita Marília.

Danças que são quase uma brincadeira, como cancan e charleston, e até brincadeira de adulto, como a glamurosa versão do strip-tease do burlesque são o destino mais comum das alunas tímidas da professora Shaide Halim. Apaixonada pelo universo pin-up e pelas coisas de antigamente, ela dá aulas de “danças vintage”, em que os estilos acima encontram também o rockabilly e uma versão do jazz de musicais que ela chama de “Just cabaret”. Em comum, os estilos têm a necessidade de a dançarina aprender a se expor. “É uma dança que precisa ser cara de pau, é tudo muito atuado. Por incrível que pareça, a maioria é bem tímida. Começa a se soltar através da dança”, diz Shaide. “Na primeira apresentação mal conseguem sorrir no palco. Aí acabam se divertindo e vem natural no movimento”.

E se soltam mesmo quando o curso chega na parte do burlesco. As mais recatadas usam malha de dança por baixo de uma roupa comum, as mais animadas capricham na lingerie. Mas todas aprendem os movimentos da dança em que o show é tirar a roupa. “A maioria só quer aprender para fazer para o namorado ou para se soltar mesmo”, diz. Quem já tem alguma experiência com jazz ou balé sai na frente, mas não é preciso saber dançar nada para começar. “O objetivo é se divertir e se soltar. E eu vejo isso passando para o dia a dia delas”.

A biodança não é propriamente uma forma de dança, ou não é só isso. O sistema criado pelo psicólogo chileno Rolando Toro propõe uma reabilitação afetiva que pode ser também um processo terapêutico. “A proposta não é trabalhar com uma coisa de terapia de focar no problema, e sim no potencial, no que a pessoa tem de bom e saudável, para resgatar a força, a alegria, se reposicionar”, explica a coordenadora da Escola Paulista de Biodança Maria Angelina Pereira.

Não se trata, portanto, de elaborar coreografias ou conseguir levantar a perna mais alto. A dança é parte de um processo que resgata principalmente o afeto e a identidade. As aulas, ou sessões, acontecem sempre em grupo e é interessante que o grupo fique junto para vivenciar um processo. Os encontros começam sempre com o que chama de “partilha verbal”: uma conversa em que o “facilitador” explica as razões dos movimentos. “Eles precisam um pouco de uma autorização intelectual para se mover, para coisas como brincar de palma, tocar no outro”, diz Angelina. Na segunda parte, não entram palavras. A comunicação é feita só pela olhar e pelo toque. Começam em roda e vão evoluindo com movimentos lúdicos e livres.

No começo, muita gente tem vergonha das atividades mais lúdicas e das que envolvem segurar na mão de um estranho, por exemplo. Outros têm mais dificuldade no final quando os movimentos desaceleram bastante. “A gente está acostumado a só tocar as coisas da gente. Muitas pessoas só são tocadas quando são crianças, depois ganham um beijo no aniversário e outro no Natal”, acredita. É nessa linha que está o maior ganho proposto pela vivência da biodança, segundo ela, que diz que é procurada por todo tipo de gente, de todas as faixas etárias. Marlise Luiza Appy, diretora da Escola Paulista de Biodança e colega de Angelina, por exemplo, começou aos 50. Hoje tem 82 anos e é facilitadora de biodança. “Quebrar resistência interiores e se permitir experimentar é o grande ganho. É uma reabilitação em relação à existência, resgatar o sentido do olhar, do toque, da sexualidade, do afeto”

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Data estelar: Sol e Vênus em trígono com Netuno; Lua que cresce em Libra será Vazia, das 6h16 às 17h54, horário de Brasília.

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Amar não é sentimento, amar é pura ação efetiva que tende à integração.

Quiroga
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