
Quem, em algum momento nessa vida não balançou, não sentiu sua alma perdida não chorou, como chora uma criança ao ver a mãe acenando em despedida.
É por medo que a criança chora e também nós, é por medo que choramos de nos sentirmos fracassados ou sozinhos com a terrível sensação de abandono.
Como se nada pudéssemos em nós mesmos como se nada pudéssemos sem o “outro” com suas mãos de pai, mãe, de amigo ou de amante nos sustentando em nossa falta de amor próprio.
E quantas mãos por nossas vidas não passam.
E em quantas delas nos agarramos e amamos só que são elas, outras vidas, como as nossas também entregues aos seus medos e seus enganos.
E igualmente, elas claro, também falham também encalham nas águas rasas de seus sonhos e toda a força que um dia nos emprestaram levam consigo, nos deixando sem escoro.
Fomos traídos... é o primeiro pensamento e é sempre o “outro” o culpado dessa mágoa e perdoar, se torna então tarefa árdua nesse engano, que juramos ser amor.
Sim, precisamos de amor, sem exceção sem ele a vida nem sequer seria o amor é tudo, é nossa base, é nossa fonte é nossa ponte, para a felicidade plena.
Só esquecemos, que o amor para ser perfeito e atingir essa felicidade meta tem que de fato ter início em nós mesmos e a nós, e a todos, dedicá-lo com firmeza.
Jamais o “outro” nos dará o que queremos somente nós, podemos tudo o que buscamos se nos amamos, do “outro” nada exigiremos melhor que isso, ainda estaremos estendendo todo esse amor interno que encontramos.
E nossas mãos que esmolavam em seus medos deixarão de pedir, hoje ocupadas, se doando na certeza, que é dando que recebemos que é só no amor que renascemos e onde reside toda a paz que procuramos.





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