
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
Uma vestibulanda de 16 anos deu a seguinte interpretação:
Ah! Camões! Se vivesses hoje em dia, tomavas uns antipiréticos uns quantos analgésicos e Prozac para a depressão. Compravas um computador, consultavas a internet, e descobririas que essas dores que sentias, esses calores que te abrasavam, essas mudanças de humor repentinas, esses desatinos sem nexo, não eram feridas de amor, mas somente falta de sexo.
A candidata foi aprovada com nota 10.
Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era só falta de mulher...

Cenas do filme realizado por Leitão de Barros em 1946.
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