
Às vezes eu me sinto tão sozinho...
...e fico questionando coisas tolas chorando pela falta de carinho; não choro quando alguém corta cebolas. Se eu pudesse, multiplicaria a imagem, as palavras, a presença e a todos os irmãos visitaria, amigos são bem mais que recompensa.
Às vezes eu sou como um passarinho que canta preso... só por distração; mas a tristeza dói...devagarzinho... será que a gente é triste sem razão?
Alguém me cobra ser um ser...humano, mas o meu coração, por rebeldia, despreza a reta, a régua, a conta, o plano; poeta tem um vício: a poesia.
É tanta matemática, meu Deus!
Prefiro desenhar o meu navio e navegar os mares meus... e teus...
Meu Deus, por que me sinto tão vazio?
Às vezes, converso com minhas plantas... coitadas, não têm culpa dos espinhos que ferem quem as cuida... meu Deus, quantas pessoas, como eu, são menininhos?
Sou frágil, sou ingênuo... sou um homem que vive escondido num poeta, que brinca de sonhar... se os sonhos somem a vida fica triste e incompleta. Então, essa dorzinha que incomoda, ocupa os espaços do meu peito e o meu coração, se alguém me poda, só fica amargurado e insatisfeito.
Penso que vou morrer... mas um anjinho conforta o meu pobre coração, tornando-me, de novo, um garotinho que brinca de afastar a solidão.

Luiz Poeta e Banda Bossa Light no Teatro Armando Gonzaga - RJ
Guitarra: Marco Antõnio / Baixo: Dil / Teclado: Franklin / Bateria: Diogo / Flauta: Thiago / Violão, voz e produção musical: Luiz Poeta
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